Foi por volta das oito e meia da noite de uma quarta feira cansada que
ouvi Jasmine cantar pela primeira vez. A música era Wrecking Ball, da cantora
estadunidense Miley Cyrus, mas a melodia era diferente, até irreconhecível para
ouvidos menos acostumados: suave e doce, quase uma canção de ninar. E foi assim
que Jasmine Thompson, uma menina de 14 anos, ganhou os meus ouvidos.
Jasmine nasceu na Inglaterra e é mestiça de chineses e europeus,
carregando em si os olhos puxados e cabelos lisos orientais misturados à pele
branca e íris clara euro-ocidentais. Com uma bela voz e um sonho na cabeça,
Jasmine, em julho de 2013, resolveu fazer o que muitos jovens fazem: postar um
vídeo de uma música cover no YouTube. A música foi “La la la”, de Naughty Boy. Não
posso saber o que essa menina londrina estava pensando quando postou o vídeo,
mas, acredito que ela não imaginou que, um dia, uma jovem brasileira estaria
escrevendo um texto sobre isso e postando em seu blog. A menina mestiça saiu de
Londres e foi para o mundo.
Foto: Reprodução
O fato é que o canal de Jasmine, TantrumJas, já é conhecido internacionalmente,
tem 70 vídeos postados e 775.915 seguidores – vale ressaltar que o canal tem
pouco mais de um ano de existência. Já sou uma seguidora tão assídua do canal
que, vou admitir, muitas músicas acabo conhecendo a partir de seus covers, e só
depois procuro ouvir a versão original. Essa é uma das magias da internet: em
apenas um play descubro uma nova música e um novo artista que, talvez, não
descobrisse não fosse pelo TantrumJass.
A rápida distribuição de conteúdo na internet possibilitou que Jasmine
começasse a consolidar o seu nome no espaço virtual: hoje a adolescente já tem
músicas autorais, mas ainda não deixou de postar as músicas cover. Alguns
artistas já famosos e outros nem tanto também começaram assim, como, por
exemplo: Justin Bieber, Boyce Avenue e Alyssa Bernal, mas os números são
incontáveis.
A pergunta que não me sai da cabeça, é: será que no dia em que Jasmine
sentou em seu quarto em Londres para gravar o cover de “La la la” sequer
imaginou que conseguiria tantos admiradores? Como já disse, duvido. Mas não
importa.
Aperta o play. Vale a pena.
*Por: Bruna Castelo Branco
Revisão: Grupo 01
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