O que é a mobilidade senão nossa capacidade de se mover,
sair da estagnação, mostrar que somos mais do que simples seres plânctons?
Pesquisando nos dicionários da vida, e aqui me deterei no dicionário online de
português, a palavra mobilidade é classificada como substantivo feminino e
definida como uma qualidade daquilo que se move, do que se consegue movimentar.
A palavra é ainda definida como a capacidade de se mudar, de ir a outro lugar
com rapidez: mobilidade de pessoas.
Em diversos sentidos que se pense sobre mobilidade, fica
claro que a ideia de movimento está aí implicitamente relacionada. Há tanto
tipos diferentes de mobilidades que nos perdemos no meio de tantas
classificações: mobilidade urbana, mobilidade social, mobilidade tecnológica,
mobilidade corporal... Ufa! Pode ter certeza que os tipos de mobilidade não se
limitam a isso. E, de certa forma, a depender do olhar que você tenha sobre
esses tipos de mobilidade, uma está intimamente interligada com a outra.
Foto: Reprodução |
Historicamente, muito se fala da (falta de) mobilidade
social. Durante muito tempo ficou clara a dificuldade ou inexistência desse
tipo de movimentação, com a famosa pirâmide social estratificada da Idade
Média, em que os membros que faziam parte da nobreza, feudal ou real,
continuavam a manter o título, ainda que enfrentasse alguma crise financeira
qualquer e continuaria sendo considerado como nobre. Já os camponeses quando,
por um milagre da vida, conseguia amontar certa quantidade de ouro que o
colocasse em condição econômica de conforto, continuaria fazendo parte da
plebe. A forte estratificação social foi, aos poucos, sendo vencida, ainda que
hoje em dia seja difícil uma mudança plena de classe social, mesmo que hoje em
dia não se divida mais a sociedade entre clero, nobreza e breve, mas em pobres
e ricos.
Mobilidade também é a que diz respeito a movimentação de
pessoas e veículos pelas vias públicas. A mobilidade urbana está
intrinsecamente ligada ao direito de ir e vir de qualquer cidadão. É
interessante notar que as próprias cidades brasileiras têm pensado mais nessa
questão, talvez por estar tão entranhado no homem esse desejo de liberdade de
fluxo, de poder ir e vir quando quiser, para onde quiser. O projeto SalvadorVai de Bike é uma das iniciativas da prefeitura de Salvador para facilitar a
mobilidade dos soteropolitanos. Inaugurado em setembro de 2013, o projeto
consiste no compartilhamento de bicicletas na capital baiana, através de um
sistema de ciclofaixas que foi construído em diversos bairros de Salvador,
principalmente na Orla.
Pirâmide social feudal: Sem mobilidade social. (Foto: Reprodução) |
Além disso, o projeto está inteiramente ligado à questão da
tecnologia, pois para começar a utilizar as bicicletas do movimento, o usuário
precisa antes se cadastrar no sistema através do site pela internet e pagar uma
anuidade de R$ 10 reais. Para destravar a bicicleta, o usuário precisa apenas
ligar para o número 4062-7024 ou utilizar o aplicativo do Bike Salvador para
smartphones, informando o número de identificação da estação e da bicicleta que
deseja retirar. Assim, a mobilidade urbana passa a se relacionar com outro tipo
de mobilidade: a tecnológica. Estando disponível através de aplicativo ou por
telefone, o sistema agrada tanto aos que ainda não estão imersos no sistema dos
smartphones, mas também aqueles que possuem esta tecnologia.
Vídeo da Prefeitura de Salvador explicando como funciona o "Salvador vai de Bike"
Outro modo de se pensar na associação entre mobilidade
urbana e tecnológica são os aplicativos de carona. A empresa Uber, por exemplo,
atua no Brasil por meio de um aplicativo de caronas personalizadas. Ou seja, o
aplicativo articula motoristas em carros executivos, espalhados pela cidade por
meio de algoritmos. A eficiência é garantida no momento em que se otimiza não
apenas a demanda, mas também a oferta do serviço, através da informação.
Entretanto, ainda mais revolucionário é o serviço lançado pela operadora de celular
dos Estados Unidos, a Verizon. Chamado de Auto Share, ele permite que qualquer
usuário coloque seu carro para alugar, gerando renda, por exemplo, enquanto
você está em seu escritório trabalhando. E para evitar roubos, todos os
usuários são certificados pela operadora.
E assim os smartphones passam a se inserir cada vez mais no
cotidiano do ser humano, deixando de ser apenas um simples aparto tecnológico e
se tornando, de certa forma, uma extensão do homem, armazenando número de
telefones e compromissos que antes deviam ser memorizados. A comodidade é tanta
que dificilmente alguém grava o número de outra pessoa. Está tudo ali, salvo na
agenda do telefone e pode ser acessado com um simples toque do polegar.
E, dessa forma, me movo em direção ao futuro, agradecendo a todos por ler cada postagem. Obrigado por cada play apertado, cada linha lida, cada novidade descoberta. Até a próxima!
E, dessa forma, me movo em direção ao futuro, agradecendo a todos por ler cada postagem. Obrigado por cada play apertado, cada linha lida, cada novidade descoberta. Até a próxima!
*Texto por: Eduardo Bittencourt
*Revisão: Grupo 01
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